Bom, já faz quase dois anos que sou
uma cadeirante, (isso vocês já estão carecas de saber, eu sei, mas não custa
refrescar a memória rs) e nesses dois anos, a minha super cadeira de rodas com
suas asas esvoaçantes tem sofridos problemas constantes. Por ser uma cadeira
Top nacional não deveria ser assim, não é mesmo? Mas vivemos no Brasil e
aqui a qualidade em cadeira de rodas é muito inferior se comparada às
internacionais, mas seja qual for o modelo ou marca de cadeira que você
escolher o preço é absurdo.
Alguns dias atrás, estava rolando uma foto em uma rede social, que agora
é a onda do momento, e que eu não irei fazer propaganda aqui no meu blog.
(risos) Então, na foto faziam uma comparação entre os preços de uma
bicicleta e de uma cadeira de rodas, claro que a bicicleta é muito mais em
conta em se tratando de preço que a cadeira. Então, fica a pergunta. Ser
cadeirante é muito mais caro que ser andante? Andar sentado, ou melhor,
rodando custa caro para os nossos bolsos cadeirantes, eu sei
que não é só isso que torna difícil uma vida sentada, é tanta coisa envolvida que às vezes você para e pensa: Será que vale à pena tudo isso? Eu grifo com letras maiúsculas, em negrito e itálico para não passar despercebido nesse texto: COM CERTEZA VALE À PENA!
que não é só isso que torna difícil uma vida sentada, é tanta coisa envolvida que às vezes você para e pensa: Será que vale à pena tudo isso? Eu grifo com letras maiúsculas, em negrito e itálico para não passar despercebido nesse texto: COM CERTEZA VALE À PENA!
Eu sei que não é fácil viver em um país onde a falta de acesso grita
toda vez que saímos nas ruas, que a falta de respeito e o preconceito andam
juntos. Sondas, remédios, fisioterapias, intestino preso, incontinência
urinária, escaras, ufa! Será que esqueci de alguma coisa? E também tem o fato
da dificuldade de nos relacionarmos amorosamente. Nós como seres humanos somos imperfeitos como
qualquer pessoa deste mundo, temos as nossas angústias e dificuldades, mas isso
não quer dizer que somos incapazes de amar. As pessoas têm ideias erradas e
antigas sobre isso, claro que temos dificuldades de locomoção, às vezes é
necessário a ajuda do nosso companheiro ou companheira, mas isso não vai
te tornar um mártir para toda a vida. Eu sei que a dificuldade é imensa, mas se
há amor entre os dois, isso supera qualquer dificuldade ou obstáculo que
surgirá durante o relacionamento. O amor, a vida está acima da deficiência. A
deficiência é só uma forma que seu corpo apresenta. A deficiência não é imune às
paixões e relações, felizmente!
Sabe-se que a felicidade é algo fantasioso que não podemos pegar com as
mãos ou decidir que ela fique aqui do meu lado para sempre, a felicidade vai e
vem em nossas vidas, momentos e circunstâncias que acontecem. Ninguém é feliz
eternamente, todos nós temos dificuldades no trabalho, nos relacionamentos, na
família e assim vai. Mas quando você percebe que a felicidade está chegando em
sua vida você precisa agarrar essa felicidade com todas as suas forças, não se
trata de egoísmo, mas sim de libertação. Você recebeu a vida, é seu dever e
também seu direito como ser humano encontrar alguma coisa de belo por mais
ínfima que seja. Não adianta lutar contra a correnteza, um dia a sua hora
chega e a felicidade está incluída no pacote. (haha)
Felicidade, vida e cadeira de rodas podem andar juntas.
A vida é isso, um misto de acontecimentos que torna o ser humano, pessoas capazes de não encontrar dificuldades para amar. A deficiência é inerente, então não dificulte as coisas, aceite como elas são.
"A vida é única e bela, se tivemos a chance de estar aqui na terra, algum significado isso tem, faça dela uma passagem única e viva, somente viva!"
A vida é isso, um misto de acontecimentos que torna o ser humano, pessoas capazes de não encontrar dificuldades para amar. A deficiência é inerente, então não dificulte as coisas, aceite como elas são.
"A vida é única e bela, se tivemos a chance de estar aqui na terra, algum significado isso tem, faça dela uma passagem única e viva, somente viva!"
Descrição: Na foto do post uma moça sentada na cadeira de rodas com os braços abertos de frente para o mar.