quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Rótulos!

As pessoas estão extremamente julgadoras de si mesmas e também das outras pessoas. Encontram rótulos e mais rótulo e em consequência disso entram na onda de se auto rotular. Você é espírita? Porque vai à missa. Você gosta de meninos? E está ficando com a Ana? Viu a Clara, sempre se intitulou santinha e agora bebe cerveja.  E o Gustavo que você ficava ano passado? Vegetariano, mas usa creme anti rugas testada em animais.  Ele é vegetariano? Pode ser vegetariano, macrobiótico, ou só comer peixe uma vez na semana, pode-se tantas coisas. Gosta de meninos e meninas?  Ou só de meninos? Não tem coisa mais ultrapassada que opção sexual. A gente não foi condenada a ser só uma coisa na vida, limitar-se como todo pensamento retrógrado. Rotular é fazer com que uma pessoa e todos os seus sentimentos, ações, qualidades sejam definidos por apenas uma característica. Rótulos são feitos para garrafas, potes de nutella, nós podemos ser mais, não somos feitos para julgar e muito menos comparar. Não somos limitados a uma única coisa, somos feitos para experimentar, ousar, sentir sensações e emoções. Somos pessoas em constante mudança e não apenas garrafas com seus rótulos que não podem mudar sua característica e precisam ficar para sempre assim, daquele jeito, como uma garrafa de vinho. Você vai ser vinho tinto pra vida inteira? Por favor, tem tantas opções de vinho, podemos ser rose, vinho tinto seco e também suave, vinho branco e vinho de uvas tardias. Nunca siga rótulos ou deixe alguém rotular você. Se deixe levar pela emoção, não siga padrões, não deixe que as outras pessoas te critiquem, (mesmo quando for uma crítica construtiva, às vezes você não está com saco), siga seu coração, ouça música alta, coloque um batom vermelho e ouça "Sex Pistols" no último volume, mas se preferir pode ser Pearl Jam mesmo, seja criativa, espontânea, dance, ria muito e tente de novo. Inspire-se, conheça pessoas novas, feche o passado como um livro velho e olhe para frente. Quase sempre dá medo! Arriscar-se novamente, mas acredite, momentos novos nos faz sorrir como se fosse a primeira vez. E nunca mais escreva essa palavra "Rótulo", no sentido de rotular pessoas. Precisamos de mais inspirações e menos rótulos!

Beijo grande! 

sábado, 18 de outubro de 2014

Apenas um nome!


  
   

 Ter um nome diferente há vantagens e também desvantagens. Logo que você conhece alguém, a pessoa sempre pergunta o porquê do nome, e você com toda delicadeza explica-o. Quem mandou ter um nome diferente? Ninguém! Lembro que quando era criança e ia ao médico com meus pais, e as secretárias dos respectivos perguntavam meu nome, e nunca sabiam como escrevê-lo, e eu toda intrometida, logo soletrava T – U – I – G – U – E (e achava o máximo poder soletrar o meu nome.) Mas na verdade eu adoro o meu nome, mesmo sendo estranho, diferente, incomum, talvez também por ser incomum, chata e compulsiva por xícaras (risos)
   
   Vou lhes contar a verdade, como esse nome chegou a pessoa aqui, ops lesada. Minha mãe trabalhava na casa de um casal que na época não eram muito novos, a mulher estava grávida de uma menina. E naquele ano a Modelo Twiggy foi desfilar onde ela morava, mais precisamente em Joinville, e a tal mulher foi ao desfile e minha mãe também, claro. Quando a menina nasceu ela colocou o nome de Tuigue e anos mais tarde, eu nasci e também recebi o mesmo nome. Sempre almejei um nome com significado, do tipo nasceu pra ser amada. No meu caso, nasci pra ser um graveto (risos), pois twigs é graveto. Isso eu invejo dos outros nomes. Sempre gostei de significados, e acredito em acontecimentos incomuns, nada nessa vida acontece por acaso, tudo tem um sentido de ser. 
      Então agora vou contar a história da modelo Twiggy, que na verdade se chama Lesley Lawson, nascida em Londres, setembro de 1949, é uma modelo, atriz e cantora britânica. Considerada uma das primeiras supermodelos do mundo, sua imagem quase andrógina, macérrima, pequena, com cabelos loiros muito curtos e imensos olhos realçados com camadas de rímel e cílios postiços, a tornaram um ícone da moda e de estilo dos anos 60. Filha de um mestre de carpinteiro e de uma balconista nas lojas Woolworth, ela estudou na Kilbum High School of Girls e começou a carreira de modelo aos 15 anos, em 1964. Sua aparência adolescente, muito magra, lhe rendeu o apelido “Twigs” (graveto) o que levou ao apelido que a tornaria famosa mundialmente, Twiggy, que a dona achava ridículo. Em 1970, com apenas 21 anos, menos de 5 anos de carreira e no auge da fama, Twiggy encerrou precocemente sua carreira, como a mesma falou em uma entrevista, “ninguém pode ser um cabide de roupas para sempre”, depois dedicou-se a carreira de cantora e atriz. Aos 56 anos, ela voltou à moda para desfilar, filmar e fotografas a coleção da grande cadeia de lojas de roupas Mark&Spencer. Sua participação nesta campanha fez com que a imprensa britânica a creditasse como responsável pelo nascimento da marca. Twiggy Lawnson ainda vive e lançou uma marca de roupas com seu nome.

   
  Bom, não sou nada comparada a ela, um ícone dos anos 60 que até hoje é lembrada por muita gente. Sou só uma “relis” cadeirante, “fodida” (desculpa a palavra, mas às vezes é preciso), famosa e feliz. (risos) Fodida, por ser minha condição de cadeirante e a máquina que levo todo dia por onde vou, estar com as engrenagens um pouco gastas, famosa, bom isso é muito relativo, você pode ser famosa por muitas coisas, por reconhecimento do seu trabalho e esforço, por plantar o bem por onde passa, por fazer algo que realmente vale a pena nessa vida, e penso que há muitas contingências, talvez o blog traz algo de legal, de bom para minha vida. Bom, agora falta ser feliz, eu acho, não, eu tenho certeza que eu sou uma menina, garota, pessoa, mulher feliz, que a vida nos traz uma gama de possibilidades e cabe a nós filtrarmos os momentos bons e ruins, é só deixar entrar em nosso coração a felicidade. 

E essa sou eu, Tuigue!

Beijo grande! 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Nunca é tarde!

       
Sabe aquela expressão: "Nunca é tarde", eu acredito finamente nela. E penso que quando se quer realmente alguma coisa temos que seguir essa expressão ao pé da letra. Pois bem, foi isso que eu fiz, no começo do ano, recomecei a estudar por uma faculdade a distância. Já sei, você vai falar: A distância não é boa, ninguém aprende nada, a distância não vale. Mas quem faz a faculdade é o aluno, e estou aprendendo muitas coisas legais e importantes que antes não teria a miníma importância e valor. E quem faz Faculdade a Distância, sabe que a disciplina é um dos primeiros tópicos que temos que enfrentar, se você não estuda, simplesmente você não passa, é simples e reto. No meio do ano todas as turmas de Pedagogia da faculdade se encontram para uma confraternização, algumas meninas faltaram, mas o que notei é que eu era a única com alguma deficiência física ali naquela turma. Se não me engano, são quatro turmas de Pedagogia, fora os outros cursos. O lugar onde se encontra o Polo Presencial é meio apertado, mas tem rampa e o mais importante existe banheiro adaptado. Muitos cadeirantes não se aventuram a estudar por falta de acessibilidade, felizmente isso tem mudado muito e a vida sobre rodas está cada dia mais fácil, mas ainda existe muito déficit na questão do acesso por aí. Outra coisa muito bacana foi a receptividade das meninas, pena que muitas já desistiram. É uma turma divertida, onde o aprendizado está cada dia mais presente, não só aprendemos as disciplinas, mas umas com as outras. A nossa turma é um misto de culturas e pessoas lindas...  Tem a risonha, a doida, a gordinha, a magrinha e também cadeirante, aquela que usa óculos, a alta, a baixa, a negra e também a branquinha, tema loira e a morena, a feliz e a que vive no mundo, cada uma com suas adequações e diferenciações, temos a mesma ideia, filosofia, ideologia, só queremos um mundo melhor para as nossas crianças. E que todas as culturas se juntem, e num só mundo todos podemos viver sem preconceitos, sem diferenciações, pois o diferente também faz parte da vida, da nossa vida, e que cada uma ensine a outra um modo de ver a vida diferente. Um grande sábio já dizia: "As pessoas que passam pela nossa vida nunca vão ou nos deixam só... Pois, levam um pouquinho da gente e deixam um pouquinho de si."  Além de conhecimento, adquiri amigos, sim, pessoas queridas que sempre deixam algo doce pelo ar, que não conseguimos pegar com as  mãos, mas conseguimos sentir. Obrigada por compartilhar um pouco da minha vida com vocês e também a de vocês comigo. E feliz dia das crianças... Êêêêêê...

Beijo estalado na bochecha!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Ventus!

                                                                 



Quem me acompanha pelas redes sociais,  Instagram e Facebook, sabe que há um mês e meio troquei de Cadeira de rodas. Bom, foi uma caminho duro e árduo até escolher uma cadeira de rodas boa e  com um preço acessível, (se é que posso falar que o preço seja acessível). Optei por uma importada, OttoBock, fabricada na Alemanha entre tantos modelos, escolhi a Ventus. A cadeira é um pouco mais leve do que a M3, e  também  mais rígida, não faz barulho, por que a outra já estava parecendo quase uma carroça velha.  Estou notando que ela é mais segura, até na questão de empinar, já empinei algumas vezes e até agora não tive tombos, por ser mais leve qualquer movimento com a coluna para trás ela já está empinando, custei a acostumar com isso. Mandei fazer 2 cm mais baixa que a M3, por questão de acomodação das pernas, eu achei que ficou melhor, também diminuiu o tamanho do assento da cadeira, antes usava uma 38 cm de largura  X 44 cm de profundidade, agora com a Ventus, uso 36 cm X 40 cm, deu uma diferença boa, mas ficou mais confortável para a cadeirante aqui.
       

Também aumentei a altura do encosto, antes de 30 cm, agora foi para 32,5 cm, achei o encosto bem confortável assim, as dores musculares até diminuíram, e a minha coluna fica bem encostada, acho que deve isso pela diminuição do comprimento do assento. Achei também que as pernas ficam mais descansadas. Já saí com ela pelas ruas e a mesma se mostrou com um desempenho superior a M3. Quando impulsiono o aro ela vai longe, mantendo o equilíbrio da minha coluna e postura Uma das coisas que não gostei muito na cadeira foi o apoio dos pés, achei pequeno, e também muito inclinado, por eu ainda ter movimentos na perna direita, o pé fica caindo do apoio, mas é só questão de costume, logo,logo darei um jeito nisso. Claro que faz muito pouco tempo, e  só vou ver o desempenho da cadeira com o passar dos dias, meses. A cadeira é um fator muito importante na nossa vida de cadeirante, ela deve ser leve, confortável, pois é a mesma que vai te dar o apoio para te levar onde você quiser  Mas no geral é uma cadeira boa, comparado o valor de algumas cadeiras importadas. Fiquei triste por que não poderei colar meu adesivo de borboletas no encosto da cadeira, quem sabe mais tarde faço uma tatuagem das borboletas na minha pele. (risos) Sou uma péssima influência, viu gente!
      A minha primeira cadeira eu doei, (uma TokLeve em X),  que usava esporadicamente na época que a lesada que lhe escreve era muletante, espero que a pessoa que recebeu seja bem feliz com ela.  A M3 ainda não sei o  que vou fazer, é sempre bom ter uma cadeira de reserva, nunca se sabe o que pode acontecer. Vou ficar mais um tempo com ela e depois vou ver o que faço com a mesma. 



Beijos cadeirantes!