segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

A primeira

Bom, faz tempo que quero postar um texto sobre o que estou passando nesse momento. Já ensaiei esse texto várias vezes, mas não consegui escrever realmente algo bom. Então, eu decidi escrever de trás para frente. Vou começar com processo de quimioterapia. É difícil escrever de um momento complicado na sua história, tenho certeza que vai ser só mais uma lembrança que renasci mais forte ainda. Com ideias e ideais diferentes sobre a vida, sobre aproveitar até a última gota cada momento que você tem a oportunidade de ser diferente, de renascer, pois a vida é agora. 

Na noite do dia 31 de janeiro tomei os cinco comprimidos que o médico receitou para antes da quimioterapia e fui dormir. Na manhã seguinte, dia 1 de fevereiro, acordei às 4:30 horas da manhã, engoli mais cinco comprimidos que o médico recomendou. Tomei banho, me arrumei. Levei uma bolsa térmica com sucos, gatorade (eu fiquei com muito medo de ficar enjoada) biscoito, maçã e barrinha de cereal. Nada muito saudável, eu sei, mas estou tentando mudar. 5:30 saímos de casa, minha irmã me acompanhou nesse dia, levamos mais de uma hora de viagem até chegar ao hospital. Quando a gente chega lá, pega uma senha e dois crachás. Esperamos até abrir, e fomos uma das primeiras a ser atendida, pois quem faz quimioterapia tem prioridade. Ufa! 


Entramos no hospital, passamos por uma triagem e seguimos a bolinha amarela até o setor de quimioterapia. Cada bolinha amarela no chão que passávamos ficava mais frio, até chegar lá, não parecia que estávamos no verão e sim no inverno.  Eu estava ansiosa, não sabia o que estava para acontecer naquele dia, mas ao mesmo tempo estava feliz pois seria menos uma quimioterapia para a conta. Chegamos a recepção mostramos a guia para a quimioterapia, os exames de sangue, a enfermeira nos mostrou o leito que iria ficar, sim eu fiz a primeira quimioterapia deitada, pois a minha levaria quase cinco horas, é deitar e curtir o geladinho entrando na veia. 

Deitei na cama, era quase 9:15 horas, logo a enfermeira veio "pegar" uma veia boa. Colocou o coquetel antes da quimioterapia que são: soro e remédios para o enjoo. 9:30 veio um lanche, iogurte, água de coco e pão quente, também tive uma visita da TO (Terapeuta Ocupacional). Uma conversa bem bacana, que acrescentou bastante. Enquanto isso o remédio corria pela as veias do meu corpo. Perguntei sobre os possíveis efeitos colaterais, a enfermeira respondeu que as pessoas aumentam muito, no meu caso, só depois de 24 horas que o remédio iria começar a fazer efeito. Ufa, novamente. 

Enquanto isso eu e a Paula conversávamos e comíamos (risos) A quimioterapia me deu uma fome doida. 11:00 horas veio uma sopinha em um copinho (tão pouco), se tivesse mais eu comia. Enquanto isso as enfermeiras trocavam os remédios que passavam pela veia. Depois a Paula foi almoçar e trouxe um copo de salada de fruta e comemos novamente. (risos).  Ah! Um efeito que a gente sente depois de duas horas mais ou menos é uma vontade doida de fazer xixi, bom como vocês sabem eu uso sonda de alivio, eu não sinto à vontade nitidamente. Algumas vezes quando a bexiga está muito cheia começa uns espasmos e também dor na perna. Então vazou (Tiveram que tirar toda a roupa de cama e colocar fora) é gente o remédio da quimioterapia é muito forte, e não podem aproveitar essa roupa com xixi. Agora sei que tenho que fazer o CAT de duas em duas horas. Ninguém me avisou né? As 14:30 horas acabou a quimioterapia, depois eu e a Paula passamos em uma sala que tem lá no Centro Oncológico para pegar uns lenços, pois o cabelo começaria a cair e voltamos para casa. 

Essa foi o dia da minha primeira. A gente nunca esquece as primeiras. Foi um dia diferente que vai se tornar comum nos últimos quatro meses para mim. A gente nunca sabe o que passar e como passar e na vida tudo é passageiro. A vida é isso, vamos com tempo adquirindo mais e mais força para não deixar as dores nos abater e de repente uma vibração diferente toma conta de nós para que as coisas boas passem a fazer parte da nossa vida!



Beijo grande! 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Filme - De carona para o amor



Oi Gente!
Saudades de vocês. Faz tempo que não escrevo nada, né? Devagar vou atualizando o blog, ok?
Hoje vou escrever sobre um filme que assisti no final de 2018. Adoro filmes Franceses!
Sabe aquela comédia romântica que te de pega? Então prepara a pipoca e lugar bem confortável que lá vem mais uma indicação da lesada.

SINOPSE: Jocelyn é um empresário muito bem-sucedido, extremamente egocêntrico e egoísta, sempre disposto a inventar mentiras para tirar vantagens em qualquer situação promissora. Um dia ele resolve seduzir uma bela mulher fingindo ter uma deficiência. No entanto, fica mais difícil sustentar a farsa quando ele é apresentado a nova cunhada,  Florence que é realmente deficiente. 

O filme é bonito, traz a personagem principal de uma forma leve, como se fosse uma pessoa "normal", claro que com as suas limitações - a vida deveria ser assim. Florence é super independente, isso é bem interessante, alegre, para-atleta e leva a vida de uma forma única.   E o Jocelyn? O que falar dele. Bom, na minha opinião achei fofo o jeito que ele quer conquistar a cadeirante. é engraçado, às vezes atrapalhado, isso torna o filme ainda mais cativante. Algumas vezes  que ele a encontra está com uma cadeira de rodas s diferente. Isso a intriga.

Acho que deveriam ter abordado mais a acessibilidade, seria bem pertinente para o filme e também para nós, cadeirantes. Vale muito a pena se aventurar em filmes diferentes - pode ser que isso seja por eu ser cadeirante. Valorizo muito temática de filmes que apresentam os personagens com alguma deficiência, pena que os atores não sejam deficientes de verdade para dar mais realidade de fato a obra. Assista e divirta-se!

Se você tem um filme para me indicar pode colocar aí nos comentários. 


Ainda não está disponível na NETFLIX.

Beijo grande!!!