Eu só quero uma coisa nessa vida! Poder sair como todo mundo, sem preocupações alheias e aquelas acusações familiares. Tuigue, deixa de ser louca! Tuigue, você não pode isso, você não pode aquilo. Eu sei que não é levianamente, mas mesmo com limitações queremos nos virar sozinha. As pessoas sempre estão colocando limites na nossa existência de cadeirante, não querer e gostar é uma coisa, mas ter vontade própria é bem outra. Só quero poder sair sem preocupação, ir lá, ali, e mais naquele lugar, eu sei que ainda encontramos muitas barreiras, mas sempre se dá um jeitinho quando realmente se deseja alguma coisa. Não preciso que empurre a cadeira, eu tenho braços fortes pra isso, e bem fortes com as minhas sessões de musculação para o tronco e braços, eu ainda me viro bem sozinha e também já sou bem grandinha. Então, umas semanas atrás fui na casa da minha irmã sozinha, em um domingo de manhã, e notei que essa cadeira eu me canso menos. Estava um dia nublado, os carros passavam pelas ruas e olhavam a cadeirante doida, a vida estava passando e eu também estava ali fazendo meu papel como qualquer pessoa. De repente eu estava passando na frente de uma casa de esquina, e tive que parar para ver se estava vindo carro para passar e ouvi uma conversa que me chamou atenção, até diminuí a velocidade do impulso das minhas rodas. Na situação estavam dois homens adultos sentados na área de uma casa e uma menina que deveria ter 4 ou 5 anos. O pai fala para a filha:
Pai: Olha filha, a menina de rodinhas passando
Filha responde para o pai: Não pai, é uma moça andando de cadeira de rodas.
(risos) Como criança é doce e não tem preconceito, até sorri por dentro, para a menina, a minha situação é corriqueira, ela soube que estava numa cadeira e como todo mundo estava ali.
A rua por onde a lesada passou... |
Não podia terminar esse post sem algumas fotografias... (risos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita. Volte sempre!