segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

O corpo e a moda

oi gente


Hoje vou escrever sobre um assunto que toda mulher gosta. Isso mesmo que você está pensando. Moda, estilo, roupa. Bom, já escrevi aqui que depois que fiquei cadeirante tive que doar todas as minhas calças jeans, estávamos nos anos 2000, né gente! Calças grossas que apertavam. Ainda sou uma amante dos jeans, mas agora compro um número a mais que uso, e também dou preferência as calças que tem elastano ou lycra na sua composição.   Eu nunca segui muito a moda. Eu sei que a moda me seguiu desde pequena, ainda mais pelo meu nome. Eu penso que hoje em dia a moda é você se sentir confortável dentro da roupa. Sentir que aquela roupa combina com você. A moda é revolucionária, ela não segue nenhum padrão, verdadeiramente ela está de acordo com o corpo que você tem hoje e agora.

Minha mãe é costureira então ela sempre teve um cuidado a mais com as roupas. Eu e minha irmã em algumas ocasiões usávamos roupas iguais, só mudavam as cores. E eu gostava disso, isso me fez perceber desde criança que não era diferente.

Depois eu fui montando e conhecendo meu corpo mais ainda e com ele as roupas que mais combinavam comigo, ou que me sentia confortável.  Quando eu tinha 18 anos, usei um tutor nas pernas - já falei dessa fase por aqui também, e junto com o tutor veio as calças rasgadas, não por que eu fui uma garota rebelde (tá, só um pouquinho rebelde). No tutor existia um metal no joelho que que puxava toda vez que sentava para ele se articular, e então consequentemente o metal rasgavam as minhas calças todas ali.  Nessa mesma época descobri o ALL STAR - o único calçado que coube no meu pé, pois nesse tutor existia uma base para os pés. Uma coisa que me apaixonei pelos converses foi a facilidade de calçá-los, pois quem é cadeirante sabe que esse é um requisito que a gente sempre prioriza. 

Com o tempo o meu corpo se transformou, pois cada década ele estava diferente da anterior, ainda mais do que uma pessoa normal. Pois cada década ele se transformava junto com a deficiência progressiva, no entanto eu também mudei na forma de agir, pensar e principalmente de me vestir. Eu sou básica, mas gosto muito de camisetas coloridas. Na época da quimioterapia, eu abusava nas cores e nos lenços. Na época da quimioterapia também abusei dos vestidos, pois eram mais práticos. Tudo é uma fase e você vai evoluindo e se reconhecendo ainda mais como pessoa. Penso que essa trajetória de se conhecer ainda mais nos faz humanos melhores, em qualquer área que seja: profissional, emocional, ou até se reconhecer dentro da roupa que você está usando. 


Conheça bem seu corpo.

- Não tenha medo dele ou vergonha das curvas que você tem;
-Veja seus pontos positivos, e os que você não gosta  também (seja amiga desses pontos, tenha uma      nova perspectiva sobre o seu corpo e de que você não aceita no momento) 
-Se olhe no espelho, não tenha medo ou vergonha. Aceite-se.  

Como o Pedro Bial escreveu: "Desfrute do seu corpo, use-o de toda maneira que puder, mesmo! Não tenha medo do seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele. É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir."

Depois desse processo tenho certeza que você vai adorar a experimentar. Procure seu estilo, veja as roupas que facilitam a sua vida, (principalmente quando se está sentada(o) em uma cadeira de rodas). Ouse de vez em quando. Saiba qual roupa que te faz sentir bem, bonita(o) e não deixe de se descobrir. 

"A melhor cor do mundo é a que fica bem em você."
                                              (COCO CHANEL)

Beijo grande 

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