segunda-feira, 22 de julho de 2013

Livro: O Segundo Suspiro


A História-  Philippe Pozzo di Borgo era um executivo de sucesso e herdeiro de duas tradicionais famílias francesas. Porém em 1993 sua vida sofre uma reviravolta dramática quando, após um acidente de parapente, ele fica tetraplégico. Na mesma época, sua mulher, Béatrice, enfrenta uma doença terminal. Em meio à dor, Pozzo di Borgo isola-se em sua luxuosa casa em Paris e passa a ter como acompanhante o argelino Abdel, genioso e desinibido com as mulheres — mas que, por trás de sua fachada temperamental, também sofre da solidão e da sensação de deslocamento.
Entre o aristocrata e seu “diabo guardião”, surge uma inesperada camaradagem que transforma suas vidas. Abdel introduz em seu cotidiano a aventura e o imprevisível, e Pozzo di Borgo descobre que, mesmo nas mais adversas das condições, é possível cultivar um intenso apetite pela vida, voltar a amar e ser amado.

Bom, falar de livros sempre nos remete  lembranças boas e esse em especial me tocou profundamente. É acima de tudo um livro de superação, amor, rebeldia, adrenalina e também nos remete  situações difíceis enfrentadas por um tetraplégico. Ele é considerado um drama, porém entre as linhas também existe  a esperança de uma pessoa como as outras de parecer normal entre as dores, e o sofrimento, onde de uma hora para outra viu sua vida mudar radicalmente. É a mescla de tragédia com ironia. A sensibilidade é inerente ao leitor, ele é puro e sincero. A história é linda! A história de vida é comovente. Várias vezes me peguei com água nos olhos por um momento em que ele, Philippe passava por um momento radicalmente insatisfatório para não falar uma palavra mais forte.  Eu não aguentaria tudo como ele soube com maestria enfrentar a vida e dar a volta por cima (radicalmente) nessa história toda. A história é  forte e bela, porém se perde entre o fraco desenvolvimento. Imagino que isso tudo tenha um sentido, talvez ele queria que a sua história fosse realmente verdadeira, nada de fantasias ou inevitáveis lágrimas. O que é mais importante ele tinha, sua história, e ninguém poderia mudar cada linha, palavra e sentido, principalmente o amor por Béatrice. A tetraplegia é forte, dolorosa, brutal, não há como definir essa palavra, mas também pode ser doce, cheia de caminhos floridos, onde podemos passar dependendo do olhar daquele que a adquiri. 

" No hospital, eu descobri a miséria da dor, a solidão dos estrupiados, a exclusão dos velhos, dos não produtivos, a perda da inocência de tantos jovens. Até que o acidente me fizesse entrever a imensidão desse sofrimento, eu estava protegido dele! Alguns jovens passam um ano nesse tipo de clínica. Não têm televisão, rádio nem visitas. Eles se escondem para chorar suas aflições, suas culpas o sentimento de uma extrema injustiça." ( Página 100)


"Ele é insuportável, vaiodoso, orgulhoso, brutal, inconstante e humano. Sem ele, eu estaria morto por decomposição. Abdel cuidou de mim sem cessar, como se eu fosse um bebê de colo. Atento ao menor sinal, presente em todas as minhas ausências, ele me liberou quando fiquei preso, me protegeu quando eu estava fraco. Ele me fez rir quando eu não aguentava mais. Ele é meu diabo guardião." (página 108)

Eu termino esse post com uma frase do livro; 

Eles são anjos.


Beijo grande! 

2 comentários:

  1. E o filme? Já viu?
    É francês. Aconselho vivamente. Pode ter a certeza que vai adorar!
    Vou comprar o livro. Obrigada pela sugestão!
    :)

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  2. Oi soneca! Eu sei que é Francês e adorei o filme, vi três vezes pelo menos. Abdel e Philippe aprontam muito. haha Porém o livro sempre traz mais conteúdo. ;)

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