Há mais de dois anos criei
esse blog na tentativa de me redescobrir, acho que todo ser humano passa por
uma fase de descoberta. Eu, muletante, com as minhas muletas cor de rosas que
apoiaram as minhas pernas durante quase dez anos, agora passava por um momento
de transição de muletante para cadeirante. Foi e sempre será um momento marcante
em minha vida. É difícil explicar a complicação, dúvidas, anseios, medos e
dissabores que passaram pela minha mente. De repente o chão parece que está se
movendo para um lugar que você nunca imaginou. Você se torna frágil e
relevante, não sabe se fica com as muletas em pé sofrendo toda aquela dor ou
senta de uma vez em um a cadeira de rodas. Você não é capaz de forjar
nada daquilo que pensou um dia. Uma decisão árdua, mas que depois você olha
para trás e sente orgulho de tudo o que passou e a forma que você superou todos
os seus medos e angústias, que um dia estava ao seu lado. Agora, já não é mais
aquela menina com inseguranças e todas aquelas fantasias que nós mulheres temos
a tendência de fantasiar.
Nunca imaginei na possibilidade desse espaço tomar tamanha proporção. 50.000 acessos, puxa! Nunca imaginei mesmo. É muito gratificante saber que de alguma forma minhas palavras chegaram em algum lugar e tocaram alguém ou ajudaram em algum momento complicado de suas vidas. Tudo na vida tem um sentido, um destino! O blog foi um dos melhores presentes da minha vida!!!
Uma das coisas que aprendi depois que sou cadeirante é que a vida nos ensina muito e cabe a nós escolhermos o melhor caminho, sem espinhos e arranhões. Posso dizer que eu cresci (não na altura, pois isso seria demais, rs), mas cresci como pessoa, evoluindo na vida tanto sentimental como qualquer outro campo.
Nunca imaginei na possibilidade desse espaço tomar tamanha proporção. 50.000 acessos, puxa! Nunca imaginei mesmo. É muito gratificante saber que de alguma forma minhas palavras chegaram em algum lugar e tocaram alguém ou ajudaram em algum momento complicado de suas vidas. Tudo na vida tem um sentido, um destino! O blog foi um dos melhores presentes da minha vida!!!
Uma das coisas que aprendi depois que sou cadeirante é que a vida nos ensina muito e cabe a nós escolhermos o melhor caminho, sem espinhos e arranhões. Posso dizer que eu cresci (não na altura, pois isso seria demais, rs), mas cresci como pessoa, evoluindo na vida tanto sentimental como qualquer outro campo.
O blog nunca foi uma
forma pretensiosa, só o fiz para escrever tudo que eu penso, mas vou lhe
confessar uma coisa: Nunca fui boa com as palavras, porém quando releio o
primeiro post até o último, percebo que há uma grande diferença entre essa transição.
Percebo como cresci também com as palavras, isso me torna cada vez mais segura em
escrever minhas experiências como uma cadeirante ou até relembrar momentos como muletante. Eu nunca pensei que um dia iria falar isso, entretanto sinto
saudades do tempo que andava com as minhas muletas cor de rosa, claro que é só
um momento nostálgico. Agora é focar na realidade de cadeirante.
A vida é uma linha tênue,
por isso aproveite cada momento que temos oportunidade para evoluir e crescer,
cada momento é delicado, porém também pode ser transbordante, não desperdice
nem um minuto se quer...
Posso dizer que o blog
deu-me alguns momentos de felicidade e também de sorte. Conheci muitas pessoas
nesse espaço chamado blog esfera, pessoas que me ajudaram de alguma forma e
também pessoas que eu ajudei. Essa troca de informações, dores, vidas,
cadeiras, rodas entre tantas coisas fazem de nós pessoas em comum. Não só
cadeirantes, mas também andantes, procurando nesse mundo algo para fazer
sentido, mudar um pouco, tirar da rotina esse Brasil tão preconceituoso, não só com as pessoas
que por alguma razão são deficientes. Há um preconceito absurdo com negros,
velhos, magros, gordos. Você não pode ser diferente da moça que está na revista
de moda, que já é taxada fora dos padrões de uma sociedade hipócrita. Mas com
certeza passamos por cima desses conceitos que não fazem parte das nossas
vidas, futilidades alarmantes de pessoas que verdadeiramente não vivenciam e
nem procuram saber como é a vida em cima de uma cadeira. Com certeza não é nada diferente da sua vida, pessoas comuns que estão lutando dia a dia como qualquer outra, atrás de uma vida mais digna. Apenas isso!
Eu li em
algum livro, que dizia mais ou menos assim: “Talvez
todos devemos parar de tentar retribuir às pessoas deste mundo
que apoiam nossas vidas. No final das contas, seja mais sábio se
render à milagrosa abrangência da generosidade humana e simplesmente dizer
muito obrigada para sempre e com sinceridade, enquanto tivermos voz.”
Eu repito MUITO OBRIGADA!
Beijos enormes!