Bom, agora o blog está com uma novidade. A partir de agora todo mês vai ter um post de algum convidado, seja deficiente ou não. E também pode ser qualquer assunto, não precisa ser só ligada a deficiência. Pois assunto é que não falta, não é mesmo!!! hehe
E vamos começar bem. O texto de hoje é do queridíssimo Mario Sergio, morador de São Paulo que também possui uma deficiência chamada Osteogênese Imperfeita, mais conhecida como "A doença dos ossos de vidro". Mas é isso aí,a vida continua e nós também continuamos, mesmo com as nossas dificuldades. Então, é melhor sentar e curtir o texto. hehe
OI?
Bom... A dona do blog me convidou para falar um pouco sobre deficiência.
Algo que me toca de perto, já que possuo alguma. Todo ser humano possui. Se não
fisicamente, psicologicamente, culturalmente ou espiritualmente, mas falo
especificamente de uma deficiência no corpo, na carne, mais especificamente
ainda nos ossos. É, nos ossos. Eu tenho uma síndrome rara conhecida como
Osteogênese Imperfeita. Na verdade, não muito conhecida por esse nome. É mais
facilmente lembrada se você disser que é "a doença dos ossos de
vidro". Com aspas e tudo para dar um tom mais dramático e emocionante.
Bem... Não sei muito bem como falar sobre ela. Digo desde já que é a
minha companheira mais fiel, sempre comigo, onde quer que eu vá. Não sei se uma
mulher tão grudenta pode ser considerada uma boa parceira, mas é isso. Desde
pequeninho, ela tem estado comigo. Perturbando e moldando a minha vida como bem
quer, ou como eu bem deixo. E tento não deixar muito. Quero ser um marido
autoritário. Que ela saiba que quem manda nessa bagaça aqui sou eu!
Brincadeiras à parte, como o próprio jeito popular de nomear a doença
deixa claro, ela é um tipo de fragilidade óssea. Os meus ossos são bem mais
frágeis do que os do pessoal "normal". E isso traz alguns
inconvenientes. Como não poder praticar atividades muito radicais. Como piscar
os olhos, por exemplo. Tá... Zoei. Mas jogar futebol é melhor não tentar. Nem
manobras espetaculares no skate. É melhor nem tentar se equilibrar no skate só
para garantir... Enfim.
A minha vida é o mais comum que eu consigo fazer com que seja. Fora as
limitações que vêm ou podem vir da OI (jeito mais tranquilo e simples de chamar
a parada. Favor não confundir com operadora de celular), eu tenho todas as
potencialidades que qualquer outro ser humano tem. Aprendo, ensino, amo, odeio,
sou magoado, magouo, alegro, sou alegrado, me entristeço e trago tristeza.
Totalmente monstruoso e maravilhoso como qualquer outro. E até poderia enfeitar
isso com uma história de vida, mas não estou muito a fim de biografias
hoje.
Mario Sergio
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