segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Experiências da lesada

Oi Gente!


Vocês perceberam que voltei a escrever com tudo, né? Eu adoro escrever e compartilhar minhas experiências, acho que isso ajuda todo e todo mundo se ajuda. Cada um enfrenta as suas experiências de uma maneira particular,  e isso nos faz crescer como pessoas. Então, vamos lá!


Eu moro em uma cidade pequena, cerca de quase 70.000.00 habitantes. Aqui existem apenas duas casas lotéricas, uma fica dentro de um hipermercado e a outra em um lugar nada acessível.  Eu sempre prefiro a dentro do supermercado, até pela facilidade, já que eu vou sozinha pagar as contas, e e essa é mais acessível, É gente, vida de cadeirante não é esse mar de rosas que todo mundo imagina, a gente também paga contas como todo mundo.

Estava eu na fila da casa lotérica que tem apenas um caixa, e duas filas, uma fila  prioritária (deficientes, gestantes, idosos, autista) e a outra fila "normal".  O caixa atende uma pessoa da fila de prioritária, e um da fila normal e assim por diante. Estava lá esperando a minha vez até que uma mulher de uns 50 anos começou a falar:
-Bom, essa lotérica aqui é para as pessoas que trabalham no comércio. A outra lotérica é melhor, pois tem mais de dois caixas, um especialmente para as "Prioridades."E eu estava conversando comigo mesma: falo ou fico na minha? Fazendo mil perguntas pra minha cadeirante interior. Quando percebi já tinha falando:

-Se a senhora quiser eu troco de lugar com você. Senta aqui na minha cadeira, e vai naquele local sem acessibilidade, assim a senhora pode sentir o que é ser cadeirante de verdade em uma cidade nada acessível. A mulher ficou quieta e não abriu mais a boca. E as pessoas em volta ficaram com uma cara de riso - sabe quando você quer rir e não pode. E a vida continuou tranquilamente. E eu saí de lá orgulhosa do que falei, sai de lá diferente naquele dia.

Beijo grande

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