quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A gente não quer só comida! (A gente também quer fazer amor)

Adaptações, adaptações e adaptações! Ah, essa palavra que vira o cotidiano da gente, que significa mais liberdade para uma pessoa com alguma deficiência ou locomoção reduzida. Estamos sempre precisando nos adaptar mesmo sem querer e perceber. E hoje em dia quem não precisa de alguma adaptação nesse mundo maluco, corrido e cheio de coisas pra fazer. Vou contar a vocês um fato real, que aconteceu faz um tempinho. Bom, eu tive um namorado que não posso reclamar, ele topava tudo, e não reclamava de nada em se tratando da minha deficiência, eu sei que você deve tá pensando, quem está com você deve e tem o dever de te aceitar como você é. Bom, mas não é assim que as coisas funcionam. Vamos ao fato, sabe como é quando começa  namorar e depois de algum tempo as coisas vão ficando "quentes", é  gente, não é diferente com deficiente viu. Para com essa ideia retrógrada. Todo mundo que ama e consequentemente faz sexo, amor, transa, seja lá que palavra você usa, mas o significado é o mesmo. E vocês sabem como é a família, então imagina em se tratando de um deficiente, super, hiper, mega protetores, claro que com o tempo as coisas melhoram e você tem que mostrar que é capaz, assim irão confiar mais em você. Infelizmente, ainda é assim que as coisas funcionam. Mas voltando ao assunto, depois de um tempo, não adianta protelar vocês irão fazer e tem que ser um lugar legal, tranquilo e tal. (risos) Então a gente foi num motel, tá, foram alguns até a família liberar. (risos)  Um deles a porta do banheiro era tão estreita, que claro que a cadeira não entrou. Como ele era um super herói que salva a cadeirante em apuros, e também era um cara prevenido, ele tinha chaves no carro... O que ele fez? É, isso que você está pensado sim,  tirou a porta do lugar e a minha super cadeira entrou no banheiro. E para piorar a situação existia  um degrau, então ele usou a porta como rampa como vocês estão vendo aí na foto. Ele colocou um travesseiro debaixo da porta para sustentar e assim a rampa foi feita. Infelizmente aqui no Sul é bem raro motéis que tenham suítes adaptadas. Liguei para alguns, mas nada... Alguns não tem degraus e as portas são um pouco mais largas. Claro que meu ex namorado é andante. Agora, pensam comigo, se fossem dois cadeirantes, (Isso me lembra alguma coisa... hehehe), ou um muletante e cadeirante. Como todo mundo por aí, a gente ama, transa. Isso que eu uso uma cadeira número 38 e se a cadeira for maior. As pessoas tem que perceber que existem várias possibilidades e o direito de ir e vir é de todos. Por isso que alguns cadeirantes nem saem de casa para evitar dor de cabeça, saindo você vai enfrentar problemas e as outras pessoas irão perceber que precisam mudar sua atitude e até o lugar para que você e outros deficientes também possam ser recebidos como qualquer outra pessoa. Só precisamos de um pouco de vontade e alguns ajustes. Porque o direito de amar também é de todos!


Aqui tem uma listinha de alguns motéis adaptados, quem souber mais algum, favor deixar nos comentários. Assim podemos atualizar essa listinha!

Para visualizar, clique aqui.

Beijos enormes!


Um comentário:

  1. Sensacional... nunca parei pra pensar sobre esse ponto de vista!

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