domingo, 6 de setembro de 2015

Uma tal de Laura Maria

Quando temos um perfil em uma rede social, qualquer que seja, estamos expostos na internet e qualquer pessoa pode ter acesso aos nossos arquivos e fazer o que bem entende. A gente se sente desprotegido, desnuda em um mundo cada vez mais virtual, com a ânsia de curtir, compartilhar e postar.  Somos condenados a mostrar nossa vida “feliz” entre viagens, céu, cerveja e o cachorro de raça fofa. Eu confesso que adoro postar foto.   Às vezes, penso que seja um tipo de vicio descomungado.  


 Então,  na semana passada descobri um perfil  fake com uma das minhas fotos, uma das primeiras que postei no facebook. Lá estava uma tal de Laura Maria com uma fotografia minha. É estranho, e também pode se dizer bizarro.  Tantas opções na internet se escancaram. Se você quer se esconder, pode usar imagens de flores, céus, borboletas, leoas, e os animais que mais imaginar.  Sabe-se o que essa pessoa estaria pensando, o que queria descobrir, ou até fazer. Na internet pode- se tudo, mas o que mais me intrigou foi o fato de usar a foto de uma pessoa desconhecida. 


O que ela estaria pensando naquele momento. Mesmo tendo errado, ela deve ter seus medos, anseios e até quem sabe pensamento equivocados. Nunca sabemos o que pode acontecer na internet, e nós estamos sujeitos a quase tudo, já que uma simples foto pode causar tanto transtorno para outra pessoa. Ela estaria com dificuldades em relacionamentos familiares? Teria uma falha na personalidade? Ou quem sabe até queria se vingar de um namorado?

 Bom, na minha humilde opinião, mesmo tendo muitos pensamentos que às vezes, estão fora dos padrões,  temos que tentar sempre levar a vida para o lado mais positivo, e a prioridade disso também é não causar nenhum dano a outras pessoas.  E se acontecesse o mesmo com a tal Laura Maria?
 Será que ela estaria indignada?  E sua atitude perante um perfil fake, qual seria? E será mesmo que é uma mulher? Debaixo desses perfis há peles, sentimentos e emoções que ninguém pode descobrir. Estamos reféns de um mundo cada vez mais maluco, entretanto acredito que  há pessoas que ainda fazem diferença. Acredito naqueles que querem o bem, que fazem momentos bons. A gente planta doces para colher doces. Acho que isso é que vale a pena na vida:  a beleza de viver uma vida sem perfis fakes e pessoas querendo se esconder o tempo todo.


Beijo grande. 

Texto publicado originalmente no Jornal : A Novidade em 04/09/2015

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