terça-feira, 23 de março de 2010

Incontinência Urinária...


Oiii gente... Lembra do post do "Dia do Mix" , então hoje resolvi abordar um assunto bem trágico rsrsr que todo lesado medular tem que aprender a conviver, a incontinência urinaria, quer dizer quase todos né, alguns tem a sorte de não ter... Mais vamos as explicações...

A maioria das pessoas com lesão medular não possui controle urinário normal. O sistema urinário é responsável pela produção, armazenamento e eliminação da urina e é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra
A urina é produzida pelos rins. Depois que os rins produzem a urina, esta passa pelos ureteres e é armazenada na bexiga. A bexiga é como um "saco muscular". Quando ela enche, os músculos da bexiga se contraem e a urina é eliminada através da uretra. No momento em que os músculos da bexiga se contraem o esfíncter da uretra, que também é um músculo, se relaxa para facilitar a saída da urina. Normalmente ocorre um funcionamento sinérgico entre a bexiga e a uretra, ou seja, durante o enchimento, a musculatura da bexiga está relaxada para acomodar a urina proveniente dos rins, enquanto o músculo do esfíncter da uretra está contraído para evitar a saída da urina coletada na bexiga. Ao contrário, quando a bexiga se contrai para eliminar o seu conteúdo, o esfíncter relaxa para permitir a eliminação da urina. Para isso acontecer normalmente, é preciso haver coordenação entre os músculos da bexiga e do esfíncter da uretra. Quando este trabalho não ocorre de maneira integrada, acontece o que se chama dissinergismo vésico-esfincteriano, situação que contribui para a ocorrência de complicações. Se a bexiga e o esfíncter se contraírem ao mesmo tempo, haverá um esforço maior da musculatura da bexiga para conseguir vencer a resistência do músculo da uretra. Este esforço leva, com o tempo, a um enfraquecimento da parede da bexiga e a formação de divertículos que acumulam urina residual, diminuindo a resistência a infecções, favorecendo a formação de cálculos e o refluxo de urina da bexiga para os rins, colocando em risco a função renal.





O cérebro e a medula espinhal são responsáveis pelo trabalho coordenado entre a bexiga e o esfíncter uretral, garantindo o controle urinário. Uma lesão medular pode comprometer a comunicação entre o cérebro e o sistema urinário e a eliminação da urina armazenada na bexiga deixa de ser automática.
Se a lesão for incompleta, é possível haver recuperação parcial ou até total com o tempo. Mas até que esta recuperação aconteça, a utilização de alguma técnica para esvaziar a bexiga pode ser necessária.
Dependendo do nível da lesão medular, a bexiga pode passar a ter dois tipos de comportamento:
Passa a acumular uma quantidade menor de urina do que antes da lesão medular e os músculos da bexiga passam a ter contrações involuntárias com perdas freqüentes de urina - bexiga espástica, comum nas lesões medulares acima do nível sacral (acima de T12).
Passa a acumular uma quantidade maior de urina do que antes da lesão medular porque os músculos da bexiga não se contraem mais e isto faz com que grande quantidade de urina fique retida dentro da bexiga, muito acima da capacidade normal - bexiga flácida, comum nas lesões medulares ao nível sacral (abaixo de T12).
O diagnóstico do tipo de bexiga é importante para a definição do tipo de tratamento que, de qualquer maneira, tem como principais objetivos: manter a bexiga com baixa quantidade de urina e com baixa pressão em seu interior, evitando o refluxo de urina da bexiga para os rins, prevenir infecções urinárias, promover a continência e preservar a função dos rins.
O método mais utilizado para esvaziamento da bexiga é o cateterismo intermitente. A técnica é simples e pode ser aprendida facilmente. O cateterismo intermitente é um procedimento no qual é introduzido um catéter (tubo) limpo através da uretra para esvaziar a bexiga, a cada três ou quatro horas durante o dia, procurando manter a pressão dentro da bexiga em níveis normais e evitando as perdas urinárias. Se, mesmo com o cateterismo realizado adequadamente, continuar havendo perdas, existem medicações que interferem na contração ou no relaxamento da bexiga ou da uretra que, associadas ao cateterismo, vão permitir melhores condições de armazenamento e esvaziamento. É muito importante também a higiene na hora de esvaziar a bexiga com a sonda, quanto mais limpo, menos infecções irá contrair, as sondas são descartáveis, primeira coisa, lave bem as mãos, antes de manipular o produto, faça também uma higienização no local, se estiver fora de casa lenços umedecidos ajudam, esvazie toda a bexiga com a sonda e jogue fora...




Exemplo de uma sonda...

Então gente, eu também tenho a trágica incontinência urinaria rsrs, ainda bem que a minha é uma das mais leves, eu tomo um remédio (caro rsrs) que ajuda bastante, mais isso a gente aprende a conviver, fazer o que né?
Como falou meu médico:
-Tuigue, por enquanto a incontinência não tem cura, então você tem que aprender a conviver com ela, e sempre vai existir alguém em melhor ou pior situação que você..

É isso aí gente...
Vivendo e aprendendo!!!
Bjocas!!!!
Até o próximo post....


(informação tirada do site Bengala Legal)

3 comentários:

  1. Tens razão: o melhor é aprender a viver com situações.

    Eu odeio perdas. Fico sempre constrangido. Mas fazer o quê...
    Fica bem.

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  2. Eduardo!!!
    Eu também odeio perdas, rsrrs mais até que agora faz tempo que não aconteceu mais...
    Mais fazer o que? Temos que nos adaptar com isso...
    Abraço!!!

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  3. Oi Tuigue.
    Hj fui ao médico e ele me explicou extamente isso. Fiquei arrasada. Meu intestino também não esta trabalhando, só na base de lavagem.
    A gente ate sabe que pode acontecer mas sempre ficamos com a esperança de não acontecer com a gente.

    beijinhos

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