Oi gente!
Quando se é cadeirante você passa por experiências que ninguém
mais passa, e de uma forma maluca isso é maravilhoso em um sentido amplo.
(Minha deusa cadeirante interior deu um twiste carpado rs) Deixando a deusa
interior de lado e continuando esse post, principalmente quando você sai
sozinha é aí que as coisas acontecem, e eu sempre vejo a lado positivo desses
momentos. Não adianta você ficar com raiva, ou então querer passar a roda da
cadeira de rodas por cima do pé do amiguinho. Temos que tirar o máximo de
aprendizado dos momentos difíceis.
Escrevendo sobre isso vou lhes contar o que aconteceu com a lesada que lhes fala. Um dia desses voltando da fisioterapia, passei no hipermercado da minha cidade. Bom, deixa eu explicar: No hiper tem lojas, farmácia, casa lotéricas e afins, e acima de tudo ESTACIONAMENTO PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Estava sozinha de carro, parei o mesmo na vaga destinada para mim. Tirei a cadeira, sim, eu desmonto a cadeira sozinha, dessa vez ninguém veio me abordar. Me transferi para a cadeira, peguei a bolsa, a chave do carro, tranquei-o, me destinei a fazer minhas coisas. Passei na farmácia, depois na casa lotérica, e por último comprei umas frutas no mercado.
Quando voltei, alguém tinha trancado o meu carro. Como assim Tuigue? Quem conhece a vaga para pessoa com deficiência sabe que a vaga tem uma parte amarela para descarregar a cadeira de rodas. O carro estacionou bem nessa faixa, não deixando espaço para a cadeira de rodas. Abri a porta do caroneiro, coloquei a minha bolsa e sacolas que estavam comigo. Fui até a recepção do mercado informar o acontecido. A funcionária avisou com o microfone o acontecido, dois funcionários e eu ficamos esperando no estacionamento. Passou dez minutos e nada, trinta e nada. Um dos funcionários que estava me acompanhando falou:
E mais uma vez os minutos estavam passando e nada. Então falei para um dos funcionários que teria que ir embora,
já estava muito tempo ali. Perguntei se ele me ajudaria a desmontar a cadeira e
colocar no banco de trás do carro, pois eu iria passar pelo banco do caroneiro
para o banco do motorista, assim poderia voltar para casa. Eu dei as
coordenadas e o funcionário me ajudou a desmontar a cadeira, quando ia saindo
ainda pediu desculpas pelo acontecido. E assim foi mais uma experiência da
lesada.
A lição é que temos que aprender a lidar com as dificuldades e ter estratégias para saber sair bem de qualquer situação. (risos)
Beijo grande!
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