quinta-feira, 22 de abril de 2010

E agora? O que eu faço?



Quando você tem uma lesão medular, seja por um acidente ou alguma doença. A primeira coisa que muda é seu corpo, ele está acostumado a uma situação totalmente diferente que se encontra agora. E uma das coisas mais delicada nessa mudança é o aspecto fisiológico. Está acostumado a um ritmo e tudo muda de repente, seu corpo não é mais o mesmo de antes, agora passará mais tempo sentado. Só pra frisar, se fosse só a deficiência em si, mais o que muda radicalmente é nosso estado de espírito, ter que acostumar com as conseqüências de uma lesão, fisiologicamente falando entendeu rsrsr
O kit que vem junto com a lesão,  fazer xixi pela sonda, intestino preso ou até incontinência fecal, sei que isso nos coloca pra baixo, mais acho importante falar nesse assunto, quanto mais informação melhor...
Para ter uma qualidade de vida,a única solução é aceitar e tratar da melhor forma possível.

Então vamos lá....

A lesão medular provoca mudanças no funcionamento do corpo e uma delas, de difícil abordagem para muitos de nós, é a função intestinal. Antes de uma lesão medular, as pessoas não precisam planejar ou pensar sobre os movimentos intestinais (evacuação). Após uma lesão medular, os movimentos intestinais requerem maior tempo, atenção e planejamento. Em geral, pessoas com lesão medular não conseguem sentir quando as fezes estão para serem eliminadas, e então é necessário auxiliá-las nesse processo. Um programa intestinal bem planejado poderá ajudar o paciente com lesão medular a ter uma vida mais saudável. O programa pode ajudar a prevenir movimentos intestinais (ou de evacuação) não planejados (também chamados de evento intestinal, incontinência ou involuntários); a evitar problemas como a constipação; a retomar o controle de uma função corporal que, se negligenciada, pode causar embaraços, constrangimentos ou situações desagradáveis; a melhorar a confiança para enfrentar situações de trabalho e sociais sem embaraço.
Conhecer a função intestinal permite maior controle sobre o problema. A Figura 1 é ilustrativa dessa função.



Trato gastrintestinal



Os alimentos percorrem o trato gastrintestinal ou trato GI (boca, esôfago, estômago, intestino delgado e cólon, também chamado intestino grosso e ânus. O intestino delgado tem cerca de sete metros de comprimento; segue-se a ele o cólon com cerca de dois metros e na forma de um ponto de interrogação dentro do abdome. Juntos, o intestino delgado e grosso são chamados intestinos cuja última parte é o reto, que desce verticalmente na parte posterior da bacia, para se abrir ao exterior por intermédio do ânus. O processo digestivo, promove a quebra dos alimentos e bebidas ingeridos, liberando os nutrientes que serão utilizados pelo corpo e os restos alimentares que serão eliminados. Uma ação semelhante a uma onda chamada peristalse propulsiona os alimentos pelo seu trato gastrintestinal. O alimento não-digerido é impulsionado pelo cólon desde o intestino delgado. O cólon separa a mistura de nutrientes dos detritos e a armazena. Os detritos seguem o caminho em forma de ponto de interrogação do cólon: subindo o cólon ascendente, atravessando o cólon transverso, descendo o cólon descendente chegando ao cólon sigmóide e ao reto em seu caminho para fora do corpo. As pessoas usam muitas palavras para descrever estas excreções. Os profissionais da saúde podem chamar de movimentos intestinais (MI), excrementos, matéria fecal, ou fezes. Seus familiares e os profissionais da saúde podem se sentir mais confortáveis usando termos como MI (Resíduos líquidos são eliminados na forma de urina)

INTESTINO NEUROGÊNICO


O intestino neurogênico é uma condição que afeta o processo corporal para o armazenamento e a eliminação de resíduos sólidos de alimentos não-digeridos. Após uma lesão medular, o sistema nervoso não consegue mais controlar a função intestinal da mesma maneira como fazia antes. Para a maioria das pessoas, o processo digestivo é controlado a partir do cérebro por reflexos e ações voluntárias. A lesão medular interfere com esse processo bloqueando as mensagens que partem do sistema digestório para o cérebro e deste pela medula espinhal, de volta para o intestino. Como isto afetará a função intestinal depende do nível da lesão na medula. Em condições normais, o cólon armazena as fezes até elas serem impelidas para fora com os movimentos intestinais. Quando as fezes são empurradas para o reto, é desencadeada uma ação reflexa. Esta ação provoca a contração do esfíncter anal, mantendo-o fechado para que as fezes não possam escapar. Sem a lesão medular, as pessoas podem sentir as fezes no reto e, voluntariamente,contrair o esfíncter anal para segurá-las.
Assim, terão tempo para encontrar um banheiro, relaxar o esfíncter anal e eliminar as fezes. A lesão medular as impede de sentir as fezes no reto e de controlar o seu esfíncter anal.
Isto também pode afetar a peristalse – como as fezes se movem através do seu cólon. Geralmente, ocorrem dois padrões básicos de intestino neurogênico após uma lesão medular, dependendo de qual parte da medula foi lesada.

 Intestino reflexivo (ou espástico)


Este padrão resulta, em geral, de lesões altas na medula, no nível cervical (pescoço) ou torácico (tórax). Este tipo de lesão interrompe as mensagens entre o cólon e o cérebro que são retransmitidas pela medula espinhal. Abaixo da lesão, a medula espinhal ainda coordena os reflexos intestinais. Isto significa que embora não sinta necessidade de eliminar as fezes do intestino, ainda há a peristalse reflexa. A presença de fezes formadas no reto pode desencadear um reflexo de movimento intestinal sem aviso. Entre os movimentos intestinais, o esfíncter anal permanecerá fechado e o seu cólon responderá a uma estimulação retal digital e a medicações estimulantes com peristalse reflexa que expulsará as fezes para fora.


 Intestino arreflexivo (ou flácido)


Este padrão de intestino resulta de uma lesão na extremidade inferior, no final da medula espinhal (ao nível lombar ou sacral) ou nos ramos dos nervos que se dirigem para fora do intestino. Isto significa que a pessoa terá uma peristalse reduzida e redução do controle reflexo do esfíncter anal. Nesta situação, o intestino não é controlado pelos reflexos vindos da medula espinhal. O paciente pode não sentir necessidade de eliminar as fezes, e o seu reto poderá esvaziar-se facilmente, por si mesmo. A localização da lesão medular tem muito a ver com o programa de educação intestinal que melhor se adaptará em cada caso.

Semana  que vem posto sobre os tratamentos....

Beijinhos Muletantes =]

Fonte: Revista Coluna

3 comentários:

  1. Anônimo1.12.10

    tem tratamento ??? estou nessa situação !

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  2. Oiii!!!!

    Nesse link tem algumas dicas de como educar o intestino, mais procure um médico... É a melhor forma de tratar!!!!

    http://www.coluna.com.br/revistacoluna/volume4/vol_04_03_151-157_2005.pdf

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  3. LIDIANE BARROS25.9.12

    OLÁ ESTOU FAZENDO UM TRABALHO PARA A FACULDADE E GOSTARIA DE SABER QUANTO, A SEXUALIDADE,PRINCIPALMENTE PORQUE COM AS MULHERES O CORPO SE MANIFESTA DE MANEIRA DIFERENTE DO CORPO DOS HOMENS,AGRADEÇO BJÚ

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